025. PEÇO-TE DESCULPA
Peço-te desculpa
muitas vezes
em silêncio
deitando-me
dormindo
com palavras
que
preparam
culpas novas
Quase sempre lavas
com o rosto branco
das lâmpadas
e das mágoas
É verdade que
suspiras
nunca me
disseste
que eras água
António Reis - Novos Poemas Quotidianos, pág. 54, Porto, [1959].
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