domingo, outubro 10, 2004

041. DEU MEIA-NOITE

Deu meia-noite
és livre
os guardas olham as montras

vêem o preço dos coturnos
e dos lenços

não mais se lembrarão de ti

só se o luar nascer
ou a manhã

ou se gritares


António Reis - Poemas Quotidianos, pág. 7, Porto, [1957].