097. NA CIDADE ONDE ENVELHEÇO
Na cidade onde envelheço
não há brisa
há vento
A brisa é para o amor
e para os cabelos
Na cidade onde envelheço
a roupa tem de secar
durante a noite
os operários levantam-se cedo
e o seu amor é simples
e no trabalho
António Reis - Poemas Quotidianos, pág. 21, Porto, [1957].
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