segunda-feira, agosto 30, 2004

003. UM OLHAR RIGOROSO E COMOVENTE...

"(...) Mas antes do 25 de Abril, o acontecimento foi a estreia de António Reis, em Jaime, uma obra admirável que marcava o surpreendente começo de mais um grande cineasta e que viria a obter o grande prémio no Festival de Toulon.
Com Jaime, iniciou-se o prestígio internacional de António Reis que, associado à sua mulher Margarida Cordeiro, conseguiria no fim da década o maior reconhecimento internacional que um cineasta português obtivera, depois de Oliveira. O cinema português descobria o seu cineasta mais panteísta e mais telúrico, e um dos olhares mais rigorosos e comoventes jamais lançados sobre esta pobre terra".


João Bénard da Costa - "Cinema Novo Português: Revolta ou Revolução?", in Cinema Novo Português 1960/1974, págs. 42-43, Cinemateca Portuguesa, Lisboa, 1985.